quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Morto novamente

Eu interpreto papéis, essa é a verdade e só isso é real. Eu vivo criando uma personalidade em que as pessoas possam confiar, em que as pessoas possam sentir amizade. Eu não sou eu, eu sou apenas nada, apenas o que o mundo deixou ser. Eu sou o infinito que existe dentro de ti, eu sou a possibilidade da revolução, eu sou a capacidade de evoluir, eu sou a motivação que não existe no mundo.

Eu caminho sozinho, nunca encontrei o que procurei e sei que nunca vou encontrar. Eu sou a pessoa mais falante do mundo, mas o mundo não quer ouvir o que eu tenho pra falar. Eu tenho histórias pra contar, mas ninguém quer saber. Então eu não sei como viver, eu tentei ao máximo mudar, eu tentei ao máximo dar ao mundo aquilo o que ele queria, mas o que o mundo me deu em troca?

Todos pensam o quão insignificantes são para o universo, mas eu penso o quão insignificante é o universo para mim. Vocês não me conhecem e provávelmente jamais conhecerão. Uma chance foi o que eu pedi, uma chance me foi dada. Eu aproveitei, mas a chance não soube aproveitar o que eu tinha para oferecer. Agora só resta lamentar.